sexta-feira, 24 de março de 2017

Curtíssima sobre tapioca por quem sabe dela.

Não, senhores.

Tapioca nao é fit.
Tapioca não é superalimento.
Tapioca não é, sob nenhuma, mas mesmo nenhuma circunstância, para ser servida com ovo mexido.

Tapioca é vida, tapioca é amor e infância e cheiro a lenha.
Há várias maneiras de comer tapioca. Falo das do meu Ceará.

Umas docinhas, muito tenras e finas, pequeninas, servidas numa folha. Deliciosas, já salivo só de me lembrar delas. Mamãe adorava.

Umas muito grossas, como um bolo, com muito coco em lascas, fresco, encharcadas também em leite de coco fresco, vendidas em tabuleiros no centro da cidade com um fio de leite condensado por cima.

A que se vende na praia, muito gordinhas e curtas, com uma fatia de queijo coalho lá dentro, mergulhadas em leite de coco (TAPIOCA TEM DE SER MERGULHADA EM LEITE DE COCO ANTES DE SERVIR), com manteiga por cima.

A das tapioqueiras da BR, as melhores, feitas à lenha, cheirosas, regadas com leite de coco, barradas com margarina, com um belo copo de café bem doce a acompanhar.

Respeitem a tapioca, ok? É uma bênção dos povos indígenas que deve ser honrada como tal.

Não lhe metam frango.
Não lhe metam nutella.
E pela hóstia consagrada, não lhe metam ovo mexido.

Aquilo nem sequer é nutritivo, caramba.

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